terça-feira, 2 de junho de 2015

Conheça As Diferenças Entre Introversão e Timidez



Todos já estive­mos em uma festa, ou algum outro lugar, em que deter­mi­nada pes­soa sim­ples­mente parece que não faz questão de estar ali. Em alguns casos, nós somos essa pes­soa. Quem sofre com timidez ou intro­ver­são nor­mal­mente se frus­tra com aque­les que não con­seguem dis­tin­guir os difer­entes tipos de car­ac­terís­ti­cas. Por­tanto, este artigo visa explicar as difer­entes par­tic­u­lar­i­dades dos dois termos.

Para quem olha do lado de fora, uma pes­soa intro­ver­tida muitas vezes é vista da mesma forma do que alguém tímido (não é impos­sível que uma mesma pes­soa pos­sua as duas car­ac­terís­ti­cas). O intro­ver­tido é aquela pes­soa nova no tra­balho, que não se esforça para arru­mar um lugar junto com os out­ros na mesa do almoço, aque­les que pref­erem ler um livro em seu carro no inter­valo. O intro­ver­tido é o ‘estranho’, aos olhos de um extrovertido.

O intro­ver­tido não sente a real neces­si­dade de bus­car uma inter­ação social. Na ver­dade, muita inter­ação social pode ser emo­cional e fisi­ca­mente exaus­tiva para eles. Um estudo recen­te­mente feito pelo Insti­tuto Salk, de Ciên­cias Biológ­i­cas, sug­ere que há uma maneira muito difer­ente do cére­bro enx­er­gar o mundo nos casos de intro­ver­são. Para intro­ver­tidos, não existe muito mais ativi­dade cere­bral quando estão olhando para outra pes­soa, em relação a quando estão encar­ando um objeto inan­i­mado. Esta pode ser a razão biológ­ica pelo qual intro­ver­tidos não bus­cam inter­ação social – eles não se sen­tem estim­u­la­dos por tal.

Intro­ver­são é um traço biológico de per­son­al­i­dade, e aque­les que pos­suem esta condição, nor­mal­mente não se impor­tam com o fato.
Por outro lado, a condição de timidez pode tornar-se tão grave, inca­pac­i­tante e por isso pode ser inclu­sive diag­nos­ti­cado como um prob­lema de saúde men­tal. Todo mundo pode ser tímido em deter­mi­nadas situ­ações e exis­tem graus difer­entes de timidez. No entanto, em casos extremos, aque­les que sofrem com esta condição podem tornar-se inca­pazes de resolver situ­ações sim­ples, como pedir infor­mação sobre direções, e inclu­sive agon­i­zam nos momen­tos que ante­ce­dem qual­quer neces­si­dade inevitável de inter­a­gir com out­ros seres humanos.
Enquanto um intro­ver­tido provavel­mente escolhe ficar em casa numa sexta-feira à noite por von­tade própria, o tímido muitas vezes gostaria de estar em uma festa, mas acaba sentindo-se obri­gado a per­manecer em casa, para evi­tar qual­quer tipo de constrangimento.

A grande difer­ença entre as duas condições é a maneira como a pes­soa se sente em relação à sua falta de inter­ação social. Um intro­ver­tido se sente bem com isso, e não pos­sui prob­le­mas em ficar a sós com seus pen­sa­men­tos ou realizar um jan­tar tran­quilo, com um ou dois ami­gos ínti­mos. Para alguém que é tímido, entre­tanto, muitas vezes a von­tade era de ter um grande ciclo de ami­gos, mas sentem-se inca­pac­i­ta­dos de for­mar novas amizades e inter­a­gir com pes­soas novas. O impor­tante é sentir-se bem com sua condição, e, em caso de frus­tração, bus­car ajuda.

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